A geração de energia no Brasil crescerá 29% até 2016 e a maior expansão acontecerá na área eólica, o que abre possibilidades especialmente para empresas espanholas e portuguesas, concordaram fontes do setor reunidas nesta quinta-feira em um almoço no Rio de Janeiro.
A principal fonte da matriz energética brasileira é a hídrica, que tem 78,7% da potência instalada no país, participação que se reduzirá até 71,2% em 2016 por diversos fatores, desde econômicos até ambientais, explicou o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, em um almoço com empresários espanhóis.
As outras fontes de energia, como nuclear, gás, carvão, biomassa, óleo diesel e eólica aumentarão sua participação na matriz energética nos próximos quatro anos, mas será esta última a que mais crescerá, disse Chipp no encontro organizado pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil.
Projeções do ONS mostram que as eólicas, que gerarão neste ano 1,1% da energia produzida no Brasil, aumentarão essa cota para 5,6% em apenas quatro anos, o que representa um salto de 509%.
Segundo Chipp, se a economia brasileira crescer a uma média anual de 4,6% até 2016, será necessário aperfeiçoar o sistema de leilões de energia e a integração das eólicas para garantir a provisão ao país.
Nesse sentido, destacou que Espanha e Portugal estão entre os países mais avançados em geração eólica em nível mundial, o que pode abrir portas a empresas desses países.
''Espanha e Portugal têm uma competência muito grande neste aspecto, têm tudo o que precisamos para fazer uma boa integração (energética)'', comentou Chipp no almoço, do qual participaram representantes de empresas como Gas Natural, Endesa, Repsol, Iberdrola, Abengoa e Isolux, entre outras.
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