Expansão da energia eólica pode cair 80% nos EUA em 2013, alerta associação
O ritmo de construção de novos parques eólicos pode cair 80% nos Estados Unidos em 2013. A previsão é da Associação Americana de Energia Eólica (AWEA, na sigla em inglês), que considera o baque que deve atingir o setor a partir de 31 de dezembro deste ano, quando vence o Production Tax Credit (PTC). A lei, que tem como meta o incentivo à geração a partir dos ventos, oferece créditos no imposto de renda nos dez primeiros anos de operação de turbinas de grande escala.
O gerente de programas técnicos da AWEA, John Dulop, afirma que a preocupação em torno da demora do Congresso em aprovar a prorrogação da lei agitou o mercado durante um evento realizado na Alemanha na última semana. Ele lembra que os parlamentares americanos já deixaram o incentivo expirar temporariamente em outras três ocasiões, mas aponta que o impacto desta vez pode ser muito maior.
A associação trabalha com a previsão de que cerca de 10GW em parques eólicos entrarão em operação nos EUA em 2012. No próximo ano, o número pode ser de apenas 2GW caso o benefício caia. A retração é semelhante, percentualmente, à registrada nas outras ocasiões em que a lei não foi renovada. Mas, agora, a indústria eólica tem muito mais peso do que em 2004, último ano em que o incentivo venceu.
Enquanto, de 2003 para 2004, os investimentos em usinas da fonte caíram de US$3,6 bilhões para US$1 bilhão, a expectativa agora é de uma redução de US$14,4 bilhões - com o mercado encolhendo de US$18 bilhões neste ano para US$3,6 bilhões em 2013.
O pessimismo tem feito com que investidores acelerem os projetos em andamento, o que já se reflete em números. No primeiro trimestre deste ano, os EUA colocaram quase 1,7GW em usinas a vento para gerar energia. O montante é 52% maior do que no mesmo período de 2011.
"Em suma, o notável sucesso do PTC em criar uma indústria americana com dez mil novos empregos no país aumentou dramaticamente a necessidade de uma séria e urgente ação do Congresso para providenciar políticas de impostos estáveis para o setor eólico", cobra a AWEA.
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